NOVA MÚSICA PORTUGUESA

Numa altura tão perturbadora para quem vive em Portugal deparo-me com um país vazio: vazio de conceitos e cheio de preconceitos!

A indústria da música portuguesa afunda-se um pouco todos os dias... não se vendem discos, poucos concertos se fazem e para melhorar temos os ícones estrangeiros a ocupar lugar nos cartazes dos festivais de Verão!
"Azar!", "a música portuguesa não presta", "Inglês é mais fixe!"...
Pode ser... mas lembrem-se os "putos" (que vivem neste país) que têm de falar e escrever português em Portugal!
Quando precisarem de emprego e lhes fecharem as portas (como fizeram à música portuguesa) lembrem-se de pedir trabalho aos estrangeiros ou aos "falsos artistas" de fora que fizeram enriquecer estupidamente!

Como disse o músico Paco Bandeira um dia na Antena 1: "...temos de ser portugueses erguidos e não de rastos!"

sábado, 1 de dezembro de 2007

O Reverb



O Reverb é o responsável por tornar um som seco de uma guitarra soar a algo tocado noutro mundo / espaço. É algo que todo o produtor utiliza para dar vida a uma gravação. No entanto, o reverb pode estragar o teu som de guitarra tornando todo o esforço de ter um bom equipamento em algo inútil. Vou tentar neste breve ensaio colocar e esclarecer alguns temas de debate relativamente ao reverb.

Reverb ou reverberação é essencialmente um conjunto de vários ecos com tempos e decaimento diferentes que se conjugam entre si. Esta amálgama sonora é que cria ambiente ou reverb.

Basicamente há dois tipos de reverb: de mola e digital. O reverb de mola é normalmente usado nos amplificadores. A mola tem um transdutor num dos lados que converte o sinal para vibrações que são, por sua vez, reconvertidas em sinal eléctrico.

Se tiveres um amplificador com reverb deste tipo experimenta rodar o potenciómetro para traz e para a frente: ouvirás um som engraçado utilizado por muitos guitarristas famosos.

O reverb digital começa por ser a simulação da mola, criando vários tipos de reverb.

As unidades mais acessíveis do mercado não garantem um bom reverb. São as mais caras que têm o software que simula cuidadosamente factores como os tipos de espaço, absorção, e etc.

O reverb é usado na maioria das gravações para criar um som mais encorpado e até para “esconder” vozes fora do tom ou agudos irritantes numa guitarra.

Podemos adicionar o reverb numa pista através das unidades do estúdio (sejam digitais ou analógicas) tornando a edição mais torneável. Outra forma é usar a ambiência da sala onde se está a gravar. Quando gravamos uma guitarra podemos acrescentar um segundo microfone (ou mais) distanciado do altifalante. Esse microfone irá captar o reverb natural da sala e quando se fizer a edição das pistas podem-se criar efeitos muito interessantes.

Quando estiveres numa sala grande, num concerto, vais reparar que o som tem muito reverb. Esse é o ambiente natural da sala. Um lugar pequeno, como um bar, fará o som da banda mais “pequeno”, “cara a cara”, ao passo que num estádio ou um salão fechado sentirás o som “maior” e som dos instrumentos mais macios e equilibrados. Não importa quão grande é o salão, mas é quase absolutamente certo que as guitarras e a bateria (pelo menos) não terão reverb adicionado na mistura. E é onde o debate começa…

Quando ligas a guitarra directamente no canal limpo do amplificador ouves o sinal directo ligeiramente colorido pelo pré. Ouvirás cada nuance do amplificador, captadores e da tua técnica de usar a palheta. Quando adicionamos os efeitos vamos dar cor ao som de base, dar novas dimensões ao teu som e afectar de novo a maneira como tocas e como o amplificador vai soar. Quando tocas ao vivo, independentemente de ser num local grande ou médio, o teu som vai ecoar pela sala e reverberar naturalmente. Resumindo: quando usas reverb do teu amplificador ou duma unidade de efeito, vais juntar o teu reverb ao existente na sala. Isso poderá estragar tudo e os teus fans não irão ouvir o som fantástico que usas nos ensaios.

No entanto, com peso e medida, podemos obter resultados fantásticos: se o reverb se for usado para criar ambiências (que ficam mais a trás na mistura) ajudará a transportar a banda para outra dimensão. Significa que se o sinal for forte (que passe por cima dos instrumentos) vai reverberar na sala, mas se for um sinal fraco de presença, poderá não influenciar muito, criando uma agradável sensação de transporte.

Para quem procura a pedra filosofal do som, aqui vai mais um ingrediente que pode fazer toda diferença: Holy Grail. http://www.ehx.com