NOVA MÚSICA PORTUGUESA

Numa altura tão perturbadora para quem vive em Portugal deparo-me com um país vazio: vazio de conceitos e cheio de preconceitos!

A indústria da música portuguesa afunda-se um pouco todos os dias... não se vendem discos, poucos concertos se fazem e para melhorar temos os ícones estrangeiros a ocupar lugar nos cartazes dos festivais de Verão!
"Azar!", "a música portuguesa não presta", "Inglês é mais fixe!"...
Pode ser... mas lembrem-se os "putos" (que vivem neste país) que têm de falar e escrever português em Portugal!
Quando precisarem de emprego e lhes fecharem as portas (como fizeram à música portuguesa) lembrem-se de pedir trabalho aos estrangeiros ou aos "falsos artistas" de fora que fizeram enriquecer estupidamente!

Como disse o músico Paco Bandeira um dia na Antena 1: "...temos de ser portugueses erguidos e não de rastos!"

sábado, 1 de novembro de 2008

Edição de aniversário: a guitarra de David Gilmour



E já passou um ano… doze meses de investigação, divulgação e transmissão de conhecimentos… espero que tenha ajudado alguém! ;-)

David Gilmour nasce a 6 de Março de 1947 em Cambridge (Inglaterra).

Aos catorze anos de idade descobre a guitarra. Influenciado por Hendrix e Hank Marvin, Gilmour nunca se afastou muito do blues. Tocou em vários projectos, mas seria nos Pink Floyd que iria desenvolver o seu estilo e criar a sua singular carreira.

No meio da febre do virtuosismo, este mago de seis cordas foi tristemente esquecido… O virtuosismo é passageiro, ligado a modas e não suporta a rigidez do tempo. Em 2006 David Gilmour surge com um álbum que provou que o sentimento é a chave da música!

Penso que não há outro guitarrista com tantos lugares na Internet analisando pormenores tão íntimos como a posição dos botões do seu material num álbum ou concerto específico.

Há um desejo de tocar Gilmour e de soar a Gilmour pelo mundo fora! Há milhares de guitarristas com Fender alteradas artesanalmente, numa tentativa de soar algo semelhante! Parece que não será mais preciso…

David comprou a guitarra original em Manny’s Music (Nova Iorque, Maio de 1970) mesmo a tempo de ser usada no Atom Heart Mother. Tornou-se a guitarra principal no estúdio e em concertos enquanto Gilmour e Phil Taylor iam modificando com outros braços, pontes e captadores. O guarda unhas preto surgiu no Verão de 1974 ganhando assim o nome de “The Black Strat”.

Bastante modificada durante décadas, tornou-se a pedra basilar do som surreal e psicadélico dos Pink Floyd.

Foi usada em obras como The Dark Side of the Moon (1973), Wish You Were Here (1975), Animals (1977), The Wall (1979), e nos seus álbuns a solo: David Gilmour (1978), About Face (1983) e On An Island (2006).

A guitarra preta tornou-se assunto de lenda entre guitarristas.

Em 22 de Setembro do ano de 2008 a Fender Custom Shop lançou o modelo de assinatura de David Gilmour (David Gilmour Signature Series Stratocaster® ). O instrumento em questão é baseado na lendária Stratocaster preta que foi examinada com grande rigor por forma a criar um clone perfeito no aspecto, som e tacto.

O departamento de personalização de guitarras (Fender Custom Shop) trabalhou com Gilmour e Taylor na recreação da Strat preta: corpo de amieiro, cor preta sobre o efeito queimado de três cores (Sunburst), guarda-unhas preto, braço de bordo, captadores bobinados exclusivamente para o modelo de assinatura e um sistema de trémulo personalizado.

Há duas versões: a normal (N.O.S. new old stock) e a relíquia (Relic®).

A guitarra vem com um estojo concebido para a guitarra em particular, um cabo da Evidence audio®, três discos do Live in Gdansk CD/DVD e o livro de Taylor sobre a história da guitarra preta.

Comprar ou não comprar a guitarra é assunto discussão sem fim… num país carenciado como o nosso é quase crime gastar 4.000€ numa guitarra…

Arrisco a dizer que é possível personalizar uma Fender para o efeito e que os resultados podem ser muito bons!

Deixo aqui uma ligação para se poder “molhar o bico”.