NOVA MÚSICA PORTUGUESA

Numa altura tão perturbadora para quem vive em Portugal deparo-me com um país vazio: vazio de conceitos e cheio de preconceitos!

A indústria da música portuguesa afunda-se um pouco todos os dias... não se vendem discos, poucos concertos se fazem e para melhorar temos os ícones estrangeiros a ocupar lugar nos cartazes dos festivais de Verão!
"Azar!", "a música portuguesa não presta", "Inglês é mais fixe!"...
Pode ser... mas lembrem-se os "putos" (que vivem neste país) que têm de falar e escrever português em Portugal!
Quando precisarem de emprego e lhes fecharem as portas (como fizeram à música portuguesa) lembrem-se de pedir trabalho aos estrangeiros ou aos "falsos artistas" de fora que fizeram enriquecer estupidamente!

Como disse o músico Paco Bandeira um dia na Antena 1: "...temos de ser portugueses erguidos e não de rastos!"

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Maxon/Ibanez vs ProCo Rat


Maxon ou Ibanez?

Em mil é uma conversas em respostas a emails se discutiu as diferenças de qualidade entre a saturação da Maxon e da Ibanez. “Qual devo comprar?”, “Se Maxon é mais cara, logo é melhor, não?”…é um sem fim de questões e mitos que pretendo desmistificar!
Era uma vez… uma fábrica Japonesa chamada Nisshin Onpa que começou a fazer pedais para guitarra em meados dos anos setenta lançando-os com o nome Ibanez fora do Japão. Simultaneamente venderam os mesmos pedais com o nome Maxon no Japão. Depois da Ibanez e Nisshin se separarem em 2000, a Maxon fica disponível na maior parte dos países, especializando-se em refazer os pedais Maxon dos anos setenta. Resumindo: os Maxon OD808 são o mesmo que Ibanez Tube Screamer TS-808.
O 808 é descrito como a mãe de todos os pedais de saturação, e todos os outros pedais do género são baseados neste. Comparado com outras marcas, este tem um som mais “moderno”, sendo suave, quente com médios distintos. O som varia entre um reforço limpo até uma saturação ligeira tipo Marshall Plexi.
1. Quem quiser adquirir um tem sempre as reedições: Maxon OD808, Ibanez TS808 e TS9. Independentemente de custarem 100 ou 300€ são basicamente o mesmo. Tanto nuns como noutros se poupou na qualidade dos componentes…
2. Para quem não atina muito com o fabrico em série, tem os clones (feitos por técnicos de forma manual usando bons componentes): BYOC Overdrive, Robert Keeley TS9 e TS808 Mod Plus, Voodoo Lab Sparkle Drive, etc…
3. Para aqueles que gostavam apenas de experimentar sem gastar muito dinheiro:
BBE Green Screamer, Ibanez Tonelok TS7, Digitech Bad Monkey e Behringer TO800. Para ser sincero só recomendo o BBE porque os outros têm problemas de vária ordem que não pretendo desnudar aqui…

ProCo RAT

O RAT apareceu no Mercado em 1979, nascido de modificações feitas a pedais Fuzz Face (para mais ganho e melhor som). Tal como o 808, o Rat tornou-se das distorções mais populares da época.
O som é como se tivesse um Fuzz Face (germânio) a saturar um Marshall Plexi com uma gama de médios adicional distinta. Pode variar entre um som quase limpo, saturação ou até distorção comprimida. Com o potenciómetro do ganho nos valores mínimos, o Rat é um excelente pedal de saturação, além de haver muitas modificações que tornam o pedal extremamente versátil.
Embora o pedal soe bem por si só, recomendo o uso de um reforço ou um pedal de EQ para reforçar os graves e volume, para ter mais ataque e garra.
Há diferenças entre a primeira edição do Rat, uma vez que a segunda versão tem menos corpo e um pouco mais de ganho.
1. Quem quiser adquirir um tem sempre o original: Rat II. Para mim é o melhor Rat que a ProCo dispõe nos nossos dias.
2. Para quem não atina muito com o fabrico em série, tem os clones (feitos por técnicos de forma manual usando bons componentes): BYOC Mouse, Robert Keeley RAT mod, Absolutely Analog Ratzo, Hartman Distortion e etc…

Conclusão: ambos os pedais servem para simular um amplificador saturado. Soam bem a baixo volume e em amplificadores a transístores (permitindo um som agradável e encorpado até num pequeno combo).
O Maxon/Ibanez marcou o timbre de Stevie Ray Vaughan e foi usado até por Yngwie Malmsteen e Eric Johnson. Por sua vez, o Rat foi usado por Jeff Beck, David Gilmour, Kurt Cobain e Joe Wash (Eagles).