NOVA MÚSICA PORTUGUESA

Numa altura tão perturbadora para quem vive em Portugal deparo-me com um país vazio: vazio de conceitos e cheio de preconceitos!

A indústria da música portuguesa afunda-se um pouco todos os dias... não se vendem discos, poucos concertos se fazem e para melhorar temos os ícones estrangeiros a ocupar lugar nos cartazes dos festivais de Verão!
"Azar!", "a música portuguesa não presta", "Inglês é mais fixe!"...
Pode ser... mas lembrem-se os "putos" (que vivem neste país) que têm de falar e escrever português em Portugal!
Quando precisarem de emprego e lhes fecharem as portas (como fizeram à música portuguesa) lembrem-se de pedir trabalho aos estrangeiros ou aos "falsos artistas" de fora que fizeram enriquecer estupidamente!

Como disse o músico Paco Bandeira um dia na Antena 1: "...temos de ser portugueses erguidos e não de rastos!"

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

FUZZ FACE



“Não é fácil tirar um bom som dum Fuzz Face! Se tens uma guitarra Cort e um amplificador Crate, não penses soar como o Jimi com fuzz face. Tens que ter uma guitarra e amplificador excelente, tocar pelo menos há vários anos e ter usado outros pedais de fuzz para realmente apreciar o som e tacto de um Fuzz verdadeiro.” - Analog man.

A companhia Inglesa Arbiter Electronics lançada em 66 foi responsável por um dos efeitos mais amados de todos os tempos: o Fuzz Face. A simplicidade do circuito tem causado muito debate, o que é certo é que dois transístores, três condensadores e algumas resistências continua a soar a algo mágico.

Ao contrário de muitos pedais por aí, o fuzz face é muito sensível. Os transístores usados no pedal fazem toda a diferença na tonalidade, na quantidade de fuzz/limpeza de som. Os de germânio foram os primeiros tipo de transístor disponíveis no início dos anos 60. Não eram estáveis nem fáceis de fabricar dum modo consistente. Desde o aparecimento dos transístores de sílica, quase ninguém faz pedais com germânio, e os poucos que se fazem (reedições) não se podem ouvir. Cada transístor usado no Fuzz face tem que ser testado a nível ganho, perdas, ruído e tonalidade para fazer um fuzz soar bem. Estes transístores não se encontram em quantidade, motivo pela qual nenhuma fábrica consegue (ou tenta) fazer um fuzz face que soe bem.

Os fuzz são MUITO SENSÍVEIS ao volume da guitarra: se baixares o volume duma Strat para 7, haverá pouca distorção. Em 9 temos um som suave, meio blues. No 10 o som é “zumbido”, especialmente com captadores de alto ganho ou humbuckers. Poderás também, se usares outros efeitos antes do fuzz face, fazer uma distorção mais pujante. Para obter o som puro, não devem existir efeitos entre a guitarra e o fuzz.

Os fuzz face de sílica surgiram por volta de 1969. Têm mais fuzz de que os de germânio e são mais abertos no som. Com sílica tem-se mais ganho, mas não ficamos com o som totalmente limpo quando baixamos o volume da guitarra. No entanto o som limpa um pouco e são sensíveis às dinâmicas. Apesar de o podermos ligar a um transformador, o pedal soará melhor com uma pilha não alcalina.