NOVA MÚSICA PORTUGUESA

Numa altura tão perturbadora para quem vive em Portugal deparo-me com um país vazio: vazio de conceitos e cheio de preconceitos!

A indústria da música portuguesa afunda-se um pouco todos os dias... não se vendem discos, poucos concertos se fazem e para melhorar temos os ícones estrangeiros a ocupar lugar nos cartazes dos festivais de Verão!
"Azar!", "a música portuguesa não presta", "Inglês é mais fixe!"...
Pode ser... mas lembrem-se os "putos" (que vivem neste país) que têm de falar e escrever português em Portugal!
Quando precisarem de emprego e lhes fecharem as portas (como fizeram à música portuguesa) lembrem-se de pedir trabalho aos estrangeiros ou aos "falsos artistas" de fora que fizeram enriquecer estupidamente!

Como disse o músico Paco Bandeira um dia na Antena 1: "...temos de ser portugueses erguidos e não de rastos!"

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Eco: Fita - Analógico - Digital

Uma unidade de eco (delay) produz uma réplica de um sinal áudio, pouco tempo depois do sinal original ser recebido. Se escutares o som original e o sinal atrasado simultaneamente, o sinal atrasado soará como um eco do original.Pode-se determinar quão distante os ecos serão e pode-se determinar o tempo que os ecos demoram a desvanecer.

Hoje temos três tipos de unidades de eco: fita, analógico e digital. As primeiras unidades usavam fita magnética para criar o eco. O som era gravado numa fita que estava em movimento e reproduzido algum tempo depois, por uma cabeça de leitura ajustável.
Porém nos anos setenta, os circuitos de eco analógico tornaram-se disponíveis. Os chips de eco trabalhavam passando o sinal por uma cadeia de centenas de células electrónicas. Cada uma produzia um eco muito curto. O tempo total de eco dependia do número de células e do tempo que demorava a passar de uma para outra. O eco analógico era mais fácil de usar e duradouro, tornando-se no tipo de eco mais usado!
Mais recentemente chegam as unidades digitais. Neste último, o sinal é convertido em números. Os zeros e uns são armazenados em memória digital por algum tempo e reconstruídos e convertidos em áudio com atraso. A grande diferença entre o eco digital e analógico é que este último proporciona um eco mais natural e suave. Outra diferença entre os dois é o facto do eco digital ser estático devido ao facto do sinal ser apenas repetido, ao passo que o analógico produz um som quente e orgânico na envolvência tímbrica dos ecos/repetições.

Analógico vs Digital parte I

“Durante milhares de anos, o principal meio de armazenamento de informação usado pela Humanidade foi o papel. Embora não seja imune aos estragos do tempo, a prova de que o papel é um meio altamente eficiente e duradouro são os livros e pergaminhos continuam a ser legíveis e bem preservados em museus”.

O século XX trouxe um dilúvio de novos meios de registro: fitas, discos magnéticos, discos de vinil, CD, etc. Ao contrário do papel, cada novo meio trouxe a necessidade de um dispositivo electrónico para converter a informação nele armazenada para um formato que possa ser captado directamente pelos nossos sentidos: gira-discos, leitores de discos magnéticos e ópticos, etc. Dados recolhidos pela sonda interplanetária Pioneer foram armazenados em quatro formatos digitais diferentes. Nenhum deles pode ser lido actualmente, por não existirem mais equipamentos capazes de fazer isso (ficaram totalmente obsoletos). Os discos de 78 rotações, a fita de vídeo de duas polegadas, rolos fonográficos, fita de papel perfurada, cartões perfurados de 80 colunas e de 100 colunas, disquetes de 8”, fita digital de 7 trilhas, fita de áudio de bobine, cartuchos de 8 trilhas, filmes de 8 mm, slides de vidro, etc. são peças de museu… Não é difícil imaginar que dentro de uns anos todos os milhões de CD-ROM existentes actualmente e outros meios em existência, também ficarão obsoletos e não poderão ser lidos. Há que pensar nos milhares de discos de 78 e 45 rotações com obras musicais que nunca foram e nunca serão transferidas para meios mais modernos. Ainda conseguiremos ler um papiro, com inscrições de três mil anos atrás, mas não conseguiremos ouvir uma canção gravada em 1930!
Não é um problema fácil de resolver e nem creio que haja interesse em resolvê-lo… é próprio da revolução digital.