NOVA MÚSICA PORTUGUESA

Numa altura tão perturbadora para quem vive em Portugal deparo-me com um país vazio: vazio de conceitos e cheio de preconceitos!

A indústria da música portuguesa afunda-se um pouco todos os dias... não se vendem discos, poucos concertos se fazem e para melhorar temos os ícones estrangeiros a ocupar lugar nos cartazes dos festivais de Verão!
"Azar!", "a música portuguesa não presta", "Inglês é mais fixe!"...
Pode ser... mas lembrem-se os "putos" (que vivem neste país) que têm de falar e escrever português em Portugal!
Quando precisarem de emprego e lhes fecharem as portas (como fizeram à música portuguesa) lembrem-se de pedir trabalho aos estrangeiros ou aos "falsos artistas" de fora que fizeram enriquecer estupidamente!

Como disse o músico Paco Bandeira um dia na Antena 1: "...temos de ser portugueses erguidos e não de rastos!"

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Os captadores antigos soam melhor?

Depois de muitos anos de uso, os captadores antigos da Fender começam a perder som ou avariam mais frequentemente que outras marcas. Até os Gibson dos anos 30 (sec. XX) não acabam como os captadores da época de 1950 da Fender. Na verdade, o motivo tem a haver com a forma de construção e os materiais desses captadores.

Os problemas surgiram desde que se começou a bobinar os captadores antigos Fender em contacto directo com os imãs. Com a idade, os imãs reagem quimicamente com a bobine de fio levando ao quebrar do fio. Assim que uma pequena volta de fio se parte, o captador “morre”. Devido aos campos magnéticos, os captadores poderão até funcionar, mas soarão extremamente fracos e sem corpo. Se rodares o potenciómetro de tonalidade desse captador, vai soar completamente morto e silencioso. Outro factor que leva ao avariar de um captador antigo é o facto de muitas pessoas tentarem ajustar os pólos dos imãs. Na altura, a corda sol tinha um formato diferente e hoje há uma tendência para empurrar o imã para baixo, afastando-o das cordas. O problema é o facto de se poder partir o fio da bobine acidentalmente.
Os novos captadores da Fender foram concebidos de forma a evitar este tipo de problemas. Agora, depois dos imãs estarem instalados são lacrados para serem posteriormente bobinados. Isso significa que os imãs já não estão em contacto com a bobine de fio.

Há muitos factores que fazem os captadores Fender soar tão bem. No entanto, separadamente, nenhum altera a tonalidade significativamente.
A soma das partes traz o melhor dos velhos captadores. Dentro desses factores podemos incluir:

Imãs: captadores anteriores a 1965 (Fender) tinham imãs com um maior diâmetro e eram de Alnico e não Cerâmicos. À medida que vão ficando velhos, perdem força. Quanto menos força, mais as cordas conseguem vibrar. Imãs fortes puxam a cordas contra o captador abafando as vibrações. Outra coisa diferente era sistema de pólos do captador. Isto é: a altura dos pólos individuais. Hoje ninguém usa a corda Sol em forma de bordão. Mas antes de Hendrix, muitos usavam. Para compensar, a altura fixa dos pólos alterou-se.

O bobinar: captadores bobinados à mão (Fender pre-1965) parecem soar melhor. É difícil dizer porquê, mas a forma como eram bobinados, a tensão com que o fio era enrolado parecia ideal até 1965. A diferença tonal será devido à falta de distribuição homogénea de resistência na bobine de fio.

Isolamento: o isolamento no bobinar de um captador antigo Fender tem uma composição química diferente dos novos. Isso muda o tamanho total dos enrolamentos de fio. Muda, por sua vez, a indutância e a capacitância do captador, e daí o som diferente. A Fender usava isolamento “formvar” até Março de 1964, mudando para um isolamento “plain enamel”.

Potenciómetros: os potenciómetros antigos tinham uma maior tolerância do que os novos. Pode parecer brincadeira, mas pode alterar o som ligeiramente.

A guitarra: instrumentos antigos têm acabamentos mais duradouros e resistentes. Usavam-se acabamentos de nitro celulose e a madeira, por si só, é antiga e diferente da madeira de hoje (menos poluição dá uma madeira melhor). Até isso altera o som.