NOVA MÚSICA PORTUGUESA

Numa altura tão perturbadora para quem vive em Portugal deparo-me com um país vazio: vazio de conceitos e cheio de preconceitos!

A indústria da música portuguesa afunda-se um pouco todos os dias... não se vendem discos, poucos concertos se fazem e para melhorar temos os ícones estrangeiros a ocupar lugar nos cartazes dos festivais de Verão!
"Azar!", "a música portuguesa não presta", "Inglês é mais fixe!"...
Pode ser... mas lembrem-se os "putos" (que vivem neste país) que têm de falar e escrever português em Portugal!
Quando precisarem de emprego e lhes fecharem as portas (como fizeram à música portuguesa) lembrem-se de pedir trabalho aos estrangeiros ou aos "falsos artistas" de fora que fizeram enriquecer estupidamente!

Como disse o músico Paco Bandeira um dia na Antena 1: "...temos de ser portugueses erguidos e não de rastos!"

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Que guitarra comprar?

Quando chegamos à conclusão que a nossa velha guitarra nos corta a inspiração e decidimos comprar uma nova… surge a questão: qual? No mundo de guitarras de corpo sólido (guitarras eléctricas) temos dois grandes grupos: os derivados da Gibson Les Paul e os derivados da Fender Stratocaster.

A Fender tem um som muito aberto devido às características da madeira e captadores de bobine simples. É pena que a guitarra mais inovadora de sempre (Stratocaster) se acanhe e viva do passado proporcionando, ainda hoje, as mesmas dores de cabeça aos seus utilizadores: ruído, desafinação, má construção, etc.…

A Gibson tão popularizada por Page tem um som fechado (mogno), grande sustentação e tal como a sua rival Fender, vivem do passado e não nos livram daquele peso descomunal e da escala muito pouco aproveitada. Há mesmo quem lhe chame “meia guitarra” uma vez que nos obriga a ter outras guitarras para compensar a falta de versatilidade.

Deve ter-se em conta os seguintes aspectos:
Parte eléctrica
Aqui terá de se ter especial atenção ao tipo de captador que se quer (ver artigo de um de Março de 2008).
Carrilhões
Se há um uso exagerado do trémulo da guitarra ou se fazes “bends” capazes de juntar as duas cordas "Mi", essas estruturas terão de ser tomadas em conta.
Um bom método para verificar se essas peças são de confiar, é afinar muito bem a guitarra e depois pressionar com vigor os pedaços de corda que ficam entre os carrilhões e o pente/pestana. Depois confira-se se a guitarra desafinou.
Trastos
Passa os dedos pelas partes laterais do braço e procura possíveis indícios de acabamento mal feito ou trastes que deslizaram da posição central.
Pontes
Aqui depende do guitarrista: podem ser fixas ou flutuantes. As fixas tem a vantagem de oferecer mais estabilidade na afinação, sustain e facilidade na troca de cordas. Por sua vez, as flutuantes dão uma margem incrível de técnicas, sendo o floyd rose conhecido pela acurada micro afinação!

“Não tocarás Steve Vai numa Fender, nem um Petrucci numa Gibson… mas nada te impede de tocar qualquer coisa numa Ibanez” – Hoshino Gakki

A guitarra Ibanez tem um braço de 24 trastos (proporcionando cinco oitavas de extensão), captadores duplos com alto ganho, embutidos no corpo (permitindo mais sustentação e um som mais orgânico) e um sistema floyd rose (afinação ultra criteriosa em segundos, assim como um abuso quase destrutivo da guitarra sem desafinar). Considerada o último patamar de evolução, a Ibanez criou alguns dos maiores ícones do sec. XX e XXI: Steve Vai, Joe Satriani, John Petrucci, Paul Gilbert, etc.

Em meia dúzia de palavras:

A Fender é excelente no som limpo.
A Gibson é boa nos sons saturados.
A Ibanez é evolução e versatilidade.
Não falei de outras marcas importantes mas, como já disse, tudo deriva de Fender ou Gibson (independentemente dos formatos).

“Cuidado com as imitações, ó Casimiro!” – Sérgio Godinho