NOVA MÚSICA PORTUGUESA

Numa altura tão perturbadora para quem vive em Portugal deparo-me com um país vazio: vazio de conceitos e cheio de preconceitos!

A indústria da música portuguesa afunda-se um pouco todos os dias... não se vendem discos, poucos concertos se fazem e para melhorar temos os ícones estrangeiros a ocupar lugar nos cartazes dos festivais de Verão!
"Azar!", "a música portuguesa não presta", "Inglês é mais fixe!"...
Pode ser... mas lembrem-se os "putos" (que vivem neste país) que têm de falar e escrever português em Portugal!
Quando precisarem de emprego e lhes fecharem as portas (como fizeram à música portuguesa) lembrem-se de pedir trabalho aos estrangeiros ou aos "falsos artistas" de fora que fizeram enriquecer estupidamente!

Como disse o músico Paco Bandeira um dia na Antena 1: "...temos de ser portugueses erguidos e não de rastos!"

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Equalização / Compressão

Neste mundo de milhentos pedais e unidades de rack, há ainda um ou dois efeitos que ajudam a resolver alguns pormenores ou a dar o toque que falta ao som.

A solução desses casos pode passar apenas por localizar o problema e se for caso, aplicar-lhe EQ ou compressão. Ambos podem ser grande utensílio em dar forma ao som, mas basta um toque a mais para arruinar com tudo!

Normalmente estes dois “utensílios” são mais comuns no estúdio do que nas versões em pedal. Recordo que a versão para guitarristas surgiu nos anos setenta, embora no estúdio já se usasse em gravação há décadas.

Um equalizador é usado para aumentar e/ou diminuir determinadas frequências do espectro sonoro. A versão em pedal deve sempre ser colocada depois das distorções / reforços e antes dos efeitos de modulação (flanger, phaser, chorus, etc). Desta forma consegue-se sempre dar forma ao som limpo e dar vida às distorções.

O problema mais frequente com EQ ocorre quando se tenta resolver o problema do som apagado, adicionando médios, graves ou agudos. Isto é: aumentando as frequências em demasia!

Essa questão do som meio abafado tem por causa mais comum o facto de se ter muitos pedais em cadeia (perde-se qualidade de som e criam-se incompatibilidades entre pedais). O melhor será proceder a uma “limpeza” na rota de efeitos, retirando ao invés de se tentar resolver adicionando algo ainda mais.

EQ deve ser usado com cautela. Aconselho a usar apenas para dar cor a um determinado efeito do que usar para todos os sons.


O compressor também surge no estúdio, sendo usado como controle de volume e sustentação. É usado para suavizar as frequências altas, tornar os graves concisos e suster o final do sinal. Há guitarristas só o usam como reforço, deixando o potenciómetro de sustentação no zero. O compressor dever ser sempre colocado no início da cadeia de efeitos (fica a ser o primeiro pedal) exceptuando o caso de existir um pedal Fuzz também. Sendo assim, o Fuzz será o primeiro pedal da cadeia, seguido imediatamente pelo compressor.

Há que ter algum cuidado na forma de usar um compressor, pois é comum os guitarristas exagerarem nos valores do efeito (tornando o som muito destacado / muito solto) ou deixarem o efeito ligado sempre (assim surge mais ruído, especialmente quando se usa distorções e saturadores com o ganho alto).
A solução é simplificar: os sons limpos e os saturadores poderão necessitar de compressão, mas as distorções raramente precisam. Recordo que um amplificador a válvulas dará compressão por si só, em volumes de meio para cima.


Algumas receitas caseiras do avô:


Ligar a guitarra ao amplificador e calibrar o som de modo a obter um som limpo potente, pois vai ser a base para todos os sons. Não tentem criar a vossa distorção favorita mexendo mil botões e ganhos sem antes tirar o melhor do vosso amplificador e dos captadores.

Se tudo correr bem poderão notar que um amplificador muito bom, com o volume alto, dará todo o carácter e compressão desejada.

No caso dos amplificadores pequenos (até mesmo os de transístores) poderão ter hipótese de ouvir o que faltava. Para ajudar a compensar a falta de válvulas, pode-se aumentar o valor de sustentação do compressor. Esta dica vai fazer o vosso som assobiar em material de pequenas dimensões.


Opinião pessoal para auxiliar na compra:


Há um compressor tristemente desaparecido, o BOSS CS2 (tem a particularidade de ter um som quente / aveludado e dinâmico. Este pedal funciona tão bem com som limpo como no som saturado / distorção dando uma boa sustentação.

No outro lado da moeda temos o compressor óptico. O Demeter Compulator é baseado nos compressores de rack usados nos estúdios. O som é semelhante ao MXR Dynacomp, mas muito mais dinâmico. É tão subtil que parece que não está ligado, mas se o desligamos notamos imediatamente. Todos os compressores ópticos são conhecidos pelo seu som aberto e dinâmico, no entanto perdem em sustentação.

Pegando em cento e poucos euros podemos adquirir um BOSS CS3 (razoável), um BBE Orange Squash (dá para safar) e um MXR Dynacomp (muito bom na relação qualidade-preço).

Espero que este artigo tenha ajudado todos os que ainda tinham dúvidas sobre compressão e equalização!